Essa imagem é significativa para minha atual e contínua melancolia. Raul nunca foi tão expressivo pra mim, tudo se encaixou.Algum acontecimento? Não, apenas reflexões sobre esse momento. Momento em que vi os passarinhos voarem, as rosas desabrocharem, pessoas se mudando...
Por quanto tempo essas pedras ficaram ai até uma tromba d´água passar e arrastá-las alguns metros a diante? Talvez não muito, mas o incessante passar das águas provocam desgastes e com o passar do tempo elas não são mais as mesmas, se transformam. Os peixes, que outrora lhe fizeram companhia passaram, as folhas, os galhos, os passarinhos que daquela água bebia, debandaram, mas ela continua lá, esperando ser levada. Carregada pela água ou por alguém que lhe faça o favor de levá-la pra casa, ou apenas jogá-la rio abaixo, como uma brincadeira, como quem não liga. Isso já até aconteceu algumas vezes.
Como é bela, não? A transparência da água do rio, os raios de sol, o verde mugo que ali ficou. Na verdade, a beleza não está nela, mas nos elementos que a rodeia. A Chapada dos Veadeiros é sua casa, está ali ao seu redor, infinitas possibilidades, mas o rio é o seu lugar, de lá ela não sairá, pelo menos por enquanto...

Like a Rolling Stone...
ResponderExcluirPedras se movem sim! E se mantêem híbridas, sólidas e com grande força. Like a rock and roll!